terça-feira, 12 de julho de 2011

Pensei estar morta. Tive medo. Fiquei apavorada, e estava entregando-me completamente a dor. Não tinha mais forças, estava no fundo do poço e ninguém conseguia tirar-me de lá. Acordava à noite com pesadelos, e antes de pegar no sono, chorava olhando para janela como uma criança sem colo. Eu não iria aguentar. Estava apavorada, não tinha mais rumo, e nem chão. Desolada, encontrava-me revivendo todas as lembranças. Não conseguia admitir que houvesse nos perdido assim. Era surreal. Eu estava sem vocêHavia te perdido… Para sempre? Ainda não sabia. Sequer, sabia de verdade o que havia acontecido. Eu não entendia, era demais para minha compreensão. Sempre acreditei fielmente no “para sempre” e agora, via-me refém do mesmo. Descrente da verdade que me cercava, onde estampava em minha frente, a crua realidade, onde o nosso fim havia chego. Não era possível. Não era verdade. As lágrimas acompanhavam minha dor, molhando todo o meu rosto. Encharcando minha camiseta. Eu estive vivendo por todo o tempo, lembranças. Das mais cruéis. Tu não sentias o mesmo. Sequer, algum dia chegou a me amar. Não tinha mais brilho. Não sorria. Não lamentava mais. Não via mais diferença em estar viva e morta. Tu estavas fazendo uma falta absurda, e eu fingia nada sentir. Deitava minha cabeça no travesseiro, e segurava todas as lágrimas prestes a cair. Doía mais do que o planejado. Mais do que o esperado. E eu? Ainda sinto. Mesmo depois desse tempo, mesmo depois desses meses intermináveis. Eu ainda sinto sua falta. 

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